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domingo, 17 de janeiro de 2016

SOBRE ENSINO MÉDIO & LEMBRANÇAS


Estou oficialmente fora do Ensino Médio à menos de um mês & tenho muitas lembranças e opiniões sobre esses últimos três anos. Agora que posso dar uma perspectiva final e completa sobre o assunto, resolvi fazer esse post.

Eu cheguei no EM uma criança. Ainda me sinto uma, não me entenda mal, tem muita coisa que eu ainda preciso descobrir, mas... Me sinto mulher, agora. Me sinto maior e mais confortável e mais confiante dentro de mim mesma.
E tudo isso se passou em três anos dentro do mesmo corredor, em cima da mesma carteira. É incrível, lendo agora o meu diário dos últimos anos e ver o meu crescimento tão rápido.
Esse post é uma coletânea desses momentos que me vêem à mente dos últimos três anos - e é mais para mim do que para vocês que lêem isso agora. Tá tudo muito vago e é pra ser assim.

Primeiro Ano
Foi um ano de muito aprendizado. Eu entendi que as vezes, as pessoas que a gente gosta, sob pressão, se tornam pessoas que a gente não gosta & que tudo bem você deixar pra trás uma amizade de anos e anos se não tá mais te fazendo bem. Também entendi que não saber o que você está fazendo com a sua vida é basicamente a norma, e quem diz que sabe, provavelmente está mentindo ou vai mudar de ideia daqui dois meses.
Outra coisa que aprendi foi que professores vão além da sua sala de aula. Eu não me lembro das matérias que aprendi no primeiro ano, mas me lembro das coisas que aprendi sobre o mundo, sobre escrever, sobre ser humana, sobre ser mulher e aluna e irmã e filha.
Apesar disso, foi um ano de muitos problemas. Eu me sentia inquieta e inadequada e errada a maior parte do tempo. Eu sempre sentia que todo mundo estava numa marcha para algo maior que eles e eu estava no caminho errado.

Segundo Ano
Eu não sabia na época, mas o segundo ano seria o meu melhor ano. Foi o ano em que eu mais senti na pele meu crescimento e as mudanças que estava acontecendo na minha cabeça e no meu corpo e na minha alma.
Eu vi aquelas amizades de criança se transformarem em amizades reais e substanciais. Foi quando eu comecei a conversar sobre coisas importantes e sérias com as minhas amigas, além de baboseiras diárias. Foi ali onde eu me abri sobre mim mesma com alguém que eu confiava, que eu apostei em uma relação pela primeira vez, que eu compreendi que as vezes as coisas não precisam ser sempre 100% para serem boas.
Nesse ano, eu entendi muito mais sobre o que hoje eu quero fazer. Na época, eu estava fixada em um sonho muito além do que eu poderia alcançar (não me entendam mal, ainda é um sonho e eu ainda trabalho em cima dele, mas eu entendi que talvez eu tenha que deixá-lo para a próxima vida), mas olhando agora, eu vejo o quanto eu comecei a desviar em direção ao que hoje é o meu objetivo.
Eu aprendi como argumentar, eu me envolvi nos projetos escolares e em como fazer aquele tempo ser mais bem aproveitado. Eu aprendi como brigar, como arrumar brigas, como aceitar que as vezes as pessoas em posição de poder não sabem o que estão fazendo e a posição delas não dita como você deve reagir. Eu fui fiel ao que eu tinha no meu coração e eu comecei a fazer disso a minha profissão, sem nem ao menos reparar.
Eu continuei me sentindo inquieta e inadequada e errada. Mas dessa vez, em meio à ataques de pânico oferecidos pelas provas e testes diários da minha inteligência e eficácia e qualidade, eu também tinha ataques de amor próprio e de aceitação e de gentileza comigo mesma e com as minhas dificuldades e vitórias.

Terceiro Ano
De longe, o pior ano. E o ano de maior aproveitamento, em todos os sentidos da palavra.
Eu comecei o ano sem saber o que eu estava fazendo da minha vida (em todos os aspectos dela!) e terminei tendo talvez 5% a menos dessa sensação.
No segundo ano, eu fui viceral. Eu fui pra cima em nome da minha fé no que eu acreditava. No terceiro ano, eu aprendi a ser gentil. Eu passei para ensinar ao invés de tentar berrar sobre as minhas paixões, eu passei a ouvir mais, a aprender mais antes de sair falando mais do que minha boca permitia. Eu decidi acumular aquela minha vontade de participar de algo maior que eu e transformá-la numa profissão, num futuro.
Eu entendi que eu não estava ali para ser feliz, que eu não estava ali para ser alguém; mas que eu estava ali para usar aquele espaço para fazer o melhor que eu podia. Eu aprendi isso tarde demais, penso as vezes, mas aprendi no final das contas. O melhor que você pode é tudo o que eles pedem de você no terceiro ano - mas eu passei seis meses achando que eles queriam a perfeição, queriam a melhor média e o melhor resultado. E isso acabou desencadeando uma série de dias horríveis, atolada de pensamentos ruins e de um sentimento de não ter rumo algum. Por isso sinto que foi o pior ano, pensando agora.
Eu aprendi também que as vezes, você confia seu coração em alguém que não o merece, que as vezes não o quer, que as vezes nem repara no que tem em mãos. E que as vezes, aquela relação em que você apostou tudo o que tinha, não dá certo. É esquisito, dói e você se sente perdido às vezes. Mas a solidão pode ser o melhor período para se criar.
E foi isso que eu fiz e que resume o meu terceiro ano e meu Ensino Médio: me criei. Acho que essa é a beleza de tudo, no final do dia, que esses três anos vão além das fórmulas e datas e informações acumuladas para um teste final e uma vaga na faculdade. Esses três anos também são um tempo e um espaço que você tem para se criar. Através das aulas que você assiste, das conversas que você cria com seus professores, das discussões que são abertas pelos temas estudados, dos amigos que você faz, das festas que você vai, das risadas que você dá, das músicas que você ouve, dos livros que você lê... Tudo ali é algo que vai sendo acrescentado à sua personalidade e te ajuda a se tornar você.

Parece exaustivo. E é. Mas no final do dia, não tem como escapar do Ensino Médio e tudo o que você pode fazer é tentar transformá-lo em uma experiência que vai além do que ele foi criado para ser.

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Ana Clara, 17, São Paulo, escritora. INFP e libriana.
Gosto de dramas policiais e políticos, livros contemporâneos e Sex And The City.

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